Resenha de O Prisioneiro do Céu

O Prisioneiro do Céu por Carlos Ruiz Zafón
ISBN: 978-85-8105-073-7
Editora: Suma de Letras
Ano de lançamento: 2012
Páginas: 246
Título Original: El Prisioneiro Del Cielo
Tradução: Eliana Aguiar
Onde Comprar: Submarino - Livraria Cultura - Livraria Saraiva

Barcelona, 1957. Daniel Sempere e seu amigo Fermín, os heróis de A Sombra do Vento, estão de volta à aventura para enfrentar o maior desafio de suas vidas. Logo quando tudo começava a dar certo para eles, um personagem inquietante visita a livraria de Sempere e ameaça revelar um terrível segredo que permanecia enterrado há duas décadas no fundo da memória da cidade. Ao descobrir a verdade, Daniel compreenderá que o destino o arrasta na direção de um confronto inevitável com a maior das sombras: aquele que cresce dentro dele. Transbordando de intriga e emoção, O Prisioneiro do Céu é um romance em que as narrativas de A Sombra do Vento e O Jogo do Anjo convergem e nos levam à resolução do enigma que se esconde no coração do Cemitério dos Livros Esquecidos.

Posso dizer que este livro foi um dos melhores da série, não tirando o mérito dos outros, pois ele são inigualáveis. Mas O Prisioneiro do Céu preencheu algumas lacunas, fundindo A Sombra do Vento junto com O Jogo do Anjo, de uma maneira surpreendente.

Um estranho homem entra na livraria Sempere Filhos, ele não deseja comprar nenhum livro e não demonstrando nenhum interesse pelas obras disponíveis para venda, mas seus olhos se interessam pelo exemplar de O Conde de Monte Cristo que mais para frente será entendido na história. Ele resolve comprar o livro, surpreendendo Daniel, porque é um romance muito caro e pelo interesse do homem não ia fazer bom uso dele. Depois da realização da venda, o ser desconhecido pede para que seja feita a entrega em domicílio, sendo que não é usual fazer isso, escrevendo no exemplar de Alexandre Dumas algo que vou colocar:

Para Fermín Romero de Torres, que retornou de entre os mortos e tem a chave do futuro. 13

Pararei por aqui.

Neste terceiro volume, o autor traz esclarecimentos entre os personagens como David Martín e Isabella que é a mãe de Daniel. A narrativa flui de uma maneira maravilhosa, levando-me ao final do livro em poucos dias, os capítulos são curtos, mas escrito com uma primazia única.

Para mim, Carlos Ruiz Zafón, escreveu esse livro para esclarecer algumas coisas sobre os outros livros anteriores, pois O Prisioneiro do Céu não tem um desfecho, dando a entender que terá continuação e terá mesmo, não terminando a história como eu esperava que acabasse.

Essa obra tem uma característica única, apaixonar-se pela história, fazendo que você se perca em uma Barcelona que ainda está recuperando de uma guerra de vinte anos atrás, com sombras do passado que ainda não foram extintas, acredito que o nosso grande escritor trará um final surpreendente para o último livro da série e estarei aguardando ansiosamente.

Recomendo esse livro, dou dez pela narrativa, pela capa, pela tradução e a diagramação.