quarta-feira, 23 de maio de 2012

Resenha de O Conde de Monte Cristo

O Conde de Monte Cristo Volume I por Alexandra Dumas
Editora: Martin Claret
Ano de Lançamento: 2008
Páginas: 626
Título Original: Le Comte de Monte-Cristo (Francês)
Tradução revista: Kleber Kohn
Onde Comprar: Submarino - Livraria Cultura - Livraria Saraiva


O gênero literário capa e espada surgiu na Espanha no século XVII, mas foi no século XIX que o romance histórico de capa espada conquistou suas verdadeiras características: o clima de aventuras e o herói cavalheiresco.Na França esse gênero alcança sua plenitude com os romances de Alexandre Dumas (pai), autor de várias obras-primas.O Conde de Monte Cristo (1844) é um clássico do gênero. Trata da transformação do jovem e destemido imediato de navio Edmund Dantès — encarcerado injustamente por 13 anos na ilha-prisão do Castelo de If por um conluio dos que lhe invejavam a sorte — no implacável Conde de Monte Cristo. É uma impressionante história de sofrimento, vingança e amor.A Martin Claret tem orgulho em poder oferecer aos seus leitores, em dois volumes, este clássico da literatura universal.

Quando vejo aqueles filmes americanos que adaptam os clássicos universais, como Os Miseráveis, Razão e Sensibilidade, Orgulho e Preconceito e também contos de fadas ou histórias de aventuras como A Branca de Neve e Alice no País da Maravilhas e entre outros, fica aquele encanto, nossa como é legal esse filme, esse desenho, e muitas outras admirações. Mas têm aqueles que são mais sérios e falam que as grandes produtoras de cinema mudaram a verdadeira história e que não é aquela, nós que somos consumidores desses atrativos e escuta estas histórias desde criança, fica meio o que sem fazer. 

Por isso, criou-me o interesse de ler clássicos, para saber até onde é a verdade ou a mentira, se aquilo que eu vi e li é mentira ou não. O Conde Monte Cristo foi um dos livros que eu mais queria ler, já assisti o filme uma vez, confesso que não me lembro, mas algumas cenas ficam na memória, desejando saber a real história.

A história começa, quando Dantès volta de viagem no navio Faraó ao porto de Marselha, ele traz a triste notícia que o capitão Lecrère morreu, deixando a incumbência para o nosso protagonista pegar uma carta em uma ilha chamada Elba. Senhor Morrel fica espantado com a notícia. Já o negociante que estava junto dele, Danglars, não se afetou muito. Danglars tem inveja de Dantès, pois ele deseja ser capitão do Faraó e não um garoto de vinte anos que nem conhece a vida, tendo também, um ódio grande pelo nosso amigo.

Mèrcedès é o grande amor do nosso personagem principal, como ela é para ele, mas Fernand também a ama, tendo também um ódio muito grande pelo rival do amor.  Antes de continuar, Alexandre Dumas conta a história na época que Napoleão foi exilado e desejava retornar ao poder que aconteceu de fato, tanto que teve o Governo dos Cem Dias, o tempo que Napoleão ficou no poder, após o golpe.

Danglars e Fernand unem-se e fazem uma falsa denúncia de que Dantès é bonapartista, ou seja, é seguidor fiel de Napoleão, informando que a carta que ele pegou na ilha de Elba era um conspiração contra Luís XVIII, pois Danglars já sabia da existência da carta pelo próprio protagonista. Esta carta estava destinado ao senhor Nortier Villefort. Só que o seu filho que é procurador régio, ou seja, um delegado que se chama Villefort, não queria que seu pai fosse preso, prometendo a Dantès promessas falsas, enganando-o, levando-o para a ilha-prisão, O Castelo de If. Não vou contar o resto, senão não terá graça de lê-lo.

Gostei muito da história, Alexandre Dumas sabe o que escreve, principalmente o personagem Edmund Dantès que antes da prisão, era um garoto cheio de vida e luz e inocente. Depois de catorze anos dentro da prisão, com trinta e quatro anos de idade, a sua luz foi apagando. sua inocência esvaiu-se, tornando-o um homem frio, calculista e muito esperto. Não só mudando-o, mas outras personagens e os que tramaram contra ele, fazendo a história tomar um rumo novo.

Recomendadíssimo esse livro, uma narrativa que tem muitas reviravoltas e espero que no segundo volume, Dantès consiga ser feliz. Dou dez pela capa e dou oito pela diagramação, pois tinha alguns erros de impressão, deixando com alguns erros de português, mas fora isso, esse livro é cem por cento recomendável.

6 comentários:

  1. Recebi um exemplar da Editora Martin Claret, estou ansioso para ler, mas estou um pouco sem tempo!

    Gostei do seu blog!

    Alef Dalle Piagge

    Floreios e Borrões - http://adpiagge.blogspot.com.br/

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  2. Olá!

    Muito boa a resenha e o livro é melhor ainda. A edição que eu li era meio antiga, mas isso só me ajudou a entrar ainda mais na história, que é incrível.
    Pra quem já leu Os três mosqueteiros é legal também perceber as diferenças entre as narrativas de Dumas nos dois livros. Enquanto um é mais sombrio, o outro é mais descontraído. Sendo, mesmo assim, dois ótimos livro.
    Gosto demais!

    Beijo,
    http://ideias-defenestradas.blogspot.com.br/

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  3. Já li esse livro, mas na edição ilustrada, antiga, mas acho que estória é a mesma, só que o livro que li acho que é bem curto, não sei, mas gostei bastante da estória também, Alexandre Dumas é um amante de finais felizes e eu amo isso nele <3

    Beijos ><
    Meu outro lado

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  4. Já vi o filme e gostei bastante.. adoro ler histórias de época, que têm alguma coisa a ver com a realidade. Gosto de aprender coisas novas sobre os países, as culturas, as guerras, enfim. Vale muito à pena, apesar de os textos deste estilo serem, geralmente, um pouco complexos. Obrigada por visitar meu blog! Seguirei o seu, vi muitos livros bacanas por aqui.

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  5. Oi Glauber.
    Obrigada por comentar no meu blog.
    E parabéns pela resenha e pelo blog. Vou buscar visita-lo com mais frequência.
    Esse é um dos livros que mais quero ler dos clássicos. Adorei o filme e acredito que o livro deve ser muito melhor.
    Mas quero comprar a edição da Zahar que está maravilhosa, com ilustrações e capa dura. É um pouco salgado o preço mas a edição vale a pena.
    Bjs.

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  6. Olá Glauber, obrigado pela visita ao meu blog! :) Tenho muita vontade de ler clássicos internacionais (incluindo O Conde de Monte Cristo), e a Martin Claret é cheia deles, né? haha Já estou seguindo o blog! Volte sempre que quiser ao MúsicaTVetc e segue lá também! :)

    Abraços!
    Gabriel - Música, TV etc.

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